Adaptação

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Hoje em dia o tempo é o nosso bem mais precioso. Por isso temos que dar mais atenção a ele. Meu feriado não foi lá muito produtivo. Sexta tive uma reunião ótima na casa de amigos e no sábado fui ao show da Marina de la Riva no Espaço Brasil Telecon (ótima essa cantora, que é filha de cubano e faz um show diferente, alto astral – bem o que eu estava precisando, já que andei uns dias com uma certa melancolia – que pretendo deixar para trás hoje).

Enfim, avancei as leituras, mas fiquei muito tempo jogado em frente a tv e ao computador (aliás, descobri uns videos ótimos no you tube de novelas antigas – tipo 1980 – como eram diferentes – cenas longas, diálogos bem inteligentes – é uma pena o que aconteceu com as novelas – mas enfim, hoje não assisto mais, portanto, só resta me contentar com o passado).

Assisti novamente La Belle Personne do Honoré com uma atenção maior, já que estou terminando de ler A Princesa de Clèves, livro que deu origem ao filme – numa adaptação livre (bem livre aliás).

Me chamou atenção, em particular, essa adaptação feita por Christophe Honoré. Ao adaptar o livro, ele trocou a Corte do Século 19, por uma escola de 2ºgrau bem elitista no 16ème (o bairro mais metido de Paris). Os concertos que estão no filme foram mostrados através de uma aula de poesia – onde um aluno colocava no som, um cd da Maria Callas (*essa em particular, achei bem interessante). O tempo do filme é outro, mas as questões são as mesmas, toda a fofoca, as intrigas, os amores correspondidos ou não, tudo muito atemporal. E bem correlacionado.

Um filme aparentemente simples, mas tão lindo. Já tinha assistido 2 vezes (uma num Festival de Cinema Francês e outra em São Paulo), mas dessa vez, assisti com a visão do livro, o que me permitiu fazer várias comparações.

Ando encantado com Honoré, e mesmo que os franceses torçam o nariz para ele (francês é fogo!), cada vez mais me interesso pelos seus filmes.

E hoje, dando uma lida geral no Le Monde, vi que vem filme novo por aí – e pelas imagens – novamente Louis Garrel e Léa Seydoux – pensando bem, me assustaria muito não encontrar o Louis Garrel em seus filmes – a dupla já virou uma espécie de Jean Pierre Léaud e François Truffaut.

Um pensamento sobre “Adaptação

  1. Olá Ricardo tudo bem?
    olha na minha humilde opinião a melhor coisa que você fez foi transformar seu blog num espaço para comentar cinema, porque você tornou minha vida muito mais rica, adoro cinema e bem devo admitir que sempre torci o nariz para o Woody Allen, mas você comenta tanto que eu fui assistir e gostei tanto que até comprei o filme para poder rever e rever. Mach Point foi o escolhido e eu simplesmente adorei, minha irmã e meu namorado detestaram, mas eu estou descobrindo esse mundo de cinema-arte e fugindo dos filmes mais comerciais. Já tenho uma lista de pelo menos 15 filmes que quero assistir antes de julho pelo menos, mas minha vida anda tão corrida…
    BJOKS.
    P.S.: Eu sei que para você 15 filmes não são muita coisa, mas eu estou terminando o curso e preparando monografia e ainda tenho dois artigos para terminar até julho também, isso intercalado com dois empregos, inglês e as outras disciplinas do curso, vou me sentir vitoriosa se conseguir alcançar essa meta.

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