Ah, essa correria

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Essa semana tem sido bastante corrida para mim – por isso a ausência de muitos posts – eu sempre penso no que posso colocar aqui nos momentos mais inusitados – e já crio algumas frases na cabeça – mas ando mega sem tempo.

Muito trabalho – alguns livros para avançar, filmes para assistir, revistas, jornais – mas não ando conseguindo – e como agora sou uma pessoa saudável (leia-se academia 4 a 5 vezes na semana – meu tempo ficou ainda mais escasso).

Impressionante como uma atividade física muda a nossa rotina (para melhor, diga-se). Não que eu fosse uma pessoa sedentária, mas estava fora do peso ideal (barriga), mas com disciplina a gente muda tudo – parece papo de religioso querendo pegar novos hábitos – mas é a mais pura verdade.

Nessa de sair pouco, comer pouco (e corretamente), malhar e cortar doces (só posso 1 vez na semana), já tive tantas repostas, que só me motiva de continuar – não é fácil emagrecer e resistir a tantas delícias prontas – mas como tudo na vida exige um sacrifício – vamos que vamos!

Livros na cabeceira: Estou relendo A Princesa de Clèves e já estou na metade da autobiografia do bailarino Fernando Bujones. Também estou lendo “Happy Times“, a autobiografia da irmã da Jackie O, Caroline Lee Bouvier – chegou pela amazon lá em casa em poucos dias. Esse é uma viagem, me lembrou o da Diana Vreeland – aliás elas eram bem amigas.

Música: Tenho escutado muito Carla Bruni (deixem o preconceito de lado, ela tem uma voz ótima – ela não tem culpa de ser bonita) e tenho escutado The Virgins (do single Rich Girls).

Filmes: Assisti novamente Ma Mére – do Christophe Honoré – forte demais! Nossa. Ainda não captei muito do que o diretor quis passar – vamos aguardar!

Fernando Bujones, uma biografia

 

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Biografia Português – Fernando Bujones (www.fernandobujones.com)
1955 – 2005
 
Mundialmente Renomado Celebridade do Balé

Homenageado no Hall da Fama de Artistas do Estado da Flórida/ Diretor Artístico / Coreógrafo & Professor/Elogiado como um dos melhores dançarinos do século 20 e aclamado como o “O maior dançarino masculino Americano de sua geração”.

  • Nascido em Miami, Flórida, Bujones fez sua estréia profissional de dança em 1970 com o Andre Eglevsky Ballet Company, em Nova York.

 

  • Em 1972 ingressou na American Ballet Theatre, em Nova York.

 

  • Em 1973 ele se tornou um solista com a companhia e em 1974 ele foi promovido a bailarino principal, tornando-o mais jovem dançarino principal na história do American Ballet Theater e um dos mais jovens do mundo.

 

  • Em 24 de julho de 1974, Bujones subiu ao estrelato quando ele se tornou o primeiro bailarino Americano a ganhar a medalha de ouro na Sétima Competição Internacional de Ballet de Varna, Bulgária, considerada por muitos como as Olimpíadas de dança.

 

  • Competindo aos 19 anos, com idade para competir na categoria júnior e por escolha competindo na categoria sênior, ganhou a prestigiosa medalha de ouro e o diploma especial de “highest technical achievement.”

 

  • Em 1976, a convite de Márcia Kubitschek, filha do ex-presidente Juscelino Kubitschek, dançou pela primeira vez no Brasil no estádio do maracanãzinho para um público de 15,000 mil pessoas.

 

  • Em 1980, casou-se com Márcia Kubitschek em Nova Iorque.

 

  • Em 1983, nasce sua única filha, Alejandra Patrícia Kubitschek Bujones.

 

  • Ao longo de três décadas de carreira, Bujones apareceu como um artista convidado, em 33 países ao redor do mundo (que abrange todos os continentes) e em mais de 60 companhias de dança, incluindo as mais prestigiadas, tais como: American Ballet Theatre, The Royal Ballet, The Paris Opera, o Ballet de Stuttgart, Vienna State Opera, Bolshoi Ballet e muitos outros.

 

  • Ele foi o primeiro americano a ser convidado para dançar na Ópera de Paris. E no histórico momento da abertura política da União Soviética, ele foi o primeiro Americano a ser convidado para dançar no Kremlin em Moscou com Bolshoi Ballet. 

 

  • Como artista ele dançou extenso repertório clássico e contemporâneo e dançou com as bailarinas mais famosas do século 20, entre elas: Dame Margot Fonteyn, Natalia Makarova, Carla Fracci, Cynthia Gregory, Marcia Haydee, Antoinette Sibley, Gelsey Kirkland , Marianna Tcherkassky, e muitas outras.

 

  • Bujones foi homenageado com vários prêmios prestigiosos como: “The Outstanding Young Men Prêmio da América”, “The New York Times / Flórida prêmio”, “The Hispanic Heritage Award”, para citar apenas alguns e em 1982 ele tornou-se o mais jovem beneficiário do Dance Magazine Award, que afirma: “Fernando Bujones treinado como Premier Danseur, cuja exuberância e excelência técnica nos papéis que vão desde o clássico ao contemporâneo têm estimulado audiências ao redor do mundo com sua sensibilidade artística, beleza e alegria da dança.”

 

  • Em 1985, Bujones foi convidado para dançar na Casa Branca para o presidente dos Estados Unidos (Presidente Reagan)

 

  • 4 de Maio de 1991, ele recebeu uma “Proclamação do Governador do Estado de Massachusetts”,  homenageando-o por 20 anos de carreira durante a gala “Bravo Bujones” que comemorou “duas décadas de sua ilustre carreira”.

 

  • Em 2 de junho de 1995, o Sr. Bujones fez sua despedida com o American Ballet Theatre no Metropolitan Opera House de Nova Iorque e por 20 minutos, ele recebeu uma ovação em pé do público, juntamente com uma carta de felicitações do Presidente dos Estados Unidos (Presidente Clinton) citando a sua “vida de excelência artística”.

 

  • Em 1996, o Sr. Bujones foi convidado para ser o Coreógrafo do Departamento de Dança da Texas Christian University. Sr. Bujones que há muito tem sido associado com o carisma e energia que ele traz para o seu trabalho, continuou a servir Dança com sucesso em muitas maneiras. Em 1996,  ele foi convidado para ser o jurado Américano E.U.A. Paris VII Competição Internacional de Dança. Além disso, serviu como co-presidente e integrante do Comité Executivo da “Hispanic Heritage Awards” em Washington DC e tem sido um membro do Conselho Consultivo para várias prestigiadas Revistas de Dança.

 

  • Como coreógrafo ele montou muitos de seus balés em prestigiadas companhias de dança como: American Ballet Theatre, o Balé Nacional do Canadá, Boston Ballet, Ballet Atlanta, Tokyo Ballet, The Torino Opera Ballet, Companhia Nacional de Dança do México e outros. Ele é muito procurado como professor e treinador, com uma reputação internacional, tendo ensinado no Paris Opera (Ballet), Ópera de Munique (Ballet), A Ópera Torino (Ballet), A Opera Norueguês (Ballet), o Balé Nacional do Canadá, Boston Ballet, Atlanta Ballet, Companhia Nacional de Dança do México.

 

  • Em abril de 2000 o Sr. Bujones foi nomeado o diretor artístico do Balé Orlando (anteriormente conhecida como Southern Ballet Theatre) e sob a sua liderança dinâmica, a companhia floresceu e alcançou aclamação nacional. Bujones “mistura única de habilidades e de amplo conhecimento da forma de arte tem produzido um selo distintivo que foi elogiado publicamente e crítica.

 

  • Em 8 de março de 2002, Fernando Bujones recebeu a maior honra em sua carreira quando ele foi incluso pelo Secretária de Estado da Flórida, Katherine Harris na “Flórida Artistas Hall da Fama” proclamando-lhe um honra do Estado ao mais alto nível cultural e juntou-se a esses nomes luminares como Ernest Hemingway e Ray Charles.

 

  • Na apresentação da sua inclusão lê-se:
    “Uma lenda viva na Dança, o artista Fernando Bujones cujas realizações ao longo de quase três décadas e sua presença carismática cativou audiências em todo o mundo. Como Bailarino e Coreógrafo, Bujones aumentou a energia e o entusiasmo da Dança por causa de seus brilhantes movimentos.”

 

  • Em meados de 2001, Bujones começou a escrever a sua autobiografia em conjunto com a sua irmã e treinadora desde criança, Zeida Cecília Mendez. Após a sua repentina morte, Zeida em conjunto com a família e amigos completaram o livro de Fernando Bujones que está sendo lançada em Miami em conjunto com o documentário produzido pelo cineasta cubano, Israel Rodriguez. A primeira edição do livro, em inglês, está disponível em vendas pela internet e já existem editoras interessadas em traduzi-lo para o português e espanhol.

 

  • O lançamento do documentário – The Extraordinary Journey of Fernando Bujones – sobre Bujones no festival de cinema internacional de Miami foi um sucesso. No dia do lançamento no Tower Theater os produtores foram surpreendidos por um público duas vezes maior que o esperado e tiveram que dobrar o numero de assentos da sala do cinema. Em seguida o documentário será oficialmente exibido em Nova Iorque.

 

  • A repercussão sobre as obras homenageando o grande artista 3 anos após a sua morte está sendo fantástica e alcançando repercussão internacional não só entre artistas mas também entre um publico que pela primeira vez conhece e se apaixonam pela incrível jornada de Fernando Bujones.

Callas

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Em seu único papel no cinema, a diva Maria Callas vive a feiticeira Medéia, que mata o próprio irmão para fugir com o amado, Jasão, que roubara o velocino de ouro. Anos mais tarde, Jasão a abandona, para se casar com a jovem e bela filha do Rei Creone. Indignada, Medéia planeja uma terrível vingança contra Jasão. Com belíssima fotografia de Ennio Guarnieri, Medéia é uma brilhante versão da tragédia grega de Eurípedes. Sem dúvida, um dos melhores trabalhos do polêmico diretor Pier Paolo Pasolini, o de O Evangelho Segundo São Mateus, Teorema, entre outros filmes memoráveis.

Assistam!!!

Callas foi uma figuraça – a maior cantora de ópera de todos os tempos, com uma voz impressionante (eu adoro) – quem quiser saber um pouco mais sobre a vida da cantora aluguem Callas Forever, com Fanny Ardant no papel principal (filme de Zefirelli).

Deveríamos aprender com os ingleses

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Voltei a estudar inglês – e para treinar o ouvido – nada melhor do que assistir um filme ou uma série de tv sem legendas – escolhi a mais hilária de todos os tempos – Absolutely Fabulous – que já passou no Canal 21, mas hoje só na internet mesmo.

Ganhei anos atrás, todos os dvds de um amigo francês que morou lá em casa, o Raphael – e agora prestando mais atenção no que essas malucas falam – a série é bem atual.

Com um típico humor britânico, ela faz uma crítica feroz nesse mundo de consumo e superficialidade – mas de uma maneira bem particular.

Ontem assisti com calma o primeiro episódio da série, no qual Edina tem que organizar um desfile de moda – para isso, ela se vale de modelos famosas e magras, de uma primeira fila estrelada e como ela mesmo fala: “names, names, names darling….”

Ao mesmo tempo, Patsy pressionada para dar o aval da capa de uma revista de moda, da qual é editora solta: “mas todo mês é a mesma coisa, uma modelo anoréxica, com uma roupa ridícula…”

Edina usa uma roupa horrível, escrito Lacroix em letras garrafais, sua filha, então, olha espantada, mas Edina solta: “não interessa se você não gostou, é Lacroix, as pessoas vão olhar e gritar uau, é Lacroix….”

Aí, chega Patsy que também se espanta com o visual da amiga, mas pergunta: “o que vc está usando?”, ao saber que é Lacroix, solta: “Então, it’s fabulous”.

Pode parecer banal, mas é uma crítica atrás da outra – e tudo hilário, já que Edina só se dá mal, coitada.

Vive num mundo de frivolidades, bebe champagne o dia inteiro com patsy, usam drogas, só falam nos restaurantes, bares, boates, Paris, NY, nomes da moda, arte.

Os ingleses sabem das coisas – não é à toa que a tv aberta de lá é a mais conceituada do mundo – dá uma certa inveja, porque ando espantado com a baixaria que virou a tv brasileira – leia-se esse último programa trash, o fazenda da Record – ontem assisti um pedaço (já que todo mundo só fala nisso) e me deu uma certa vergonha alheia – não consigo – tempo é dinheiro e me recuso a essas imbecilidades que a mídia cria.

É uma pena – pois lembro bem o dia que a tv mostrava algo de qualidade – nivelar tudo por baixo é fórmula já a alguns anos – mas é uma tristeza.

Segunda corrida

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Final de semana ótimo. Sexta fui ao show da Preta Gil com os amigos, me diverti bastante, mas não tenho mais pique para sair à noite – estou velho e feliz por isso. Não dá para sair a vida inteira, ainda mais agora que estou com um ritmo de vida mais saudável. Não dá, literalmente.

Na sexta fui com a Renata assistir Garrel no cinema, sábado passei o dia em casa, não saí à noite (com o frio que está fazendo então) e ontem almocei com minha mãe no Casa Park.

Comecei a ler a autobiografia do bailarino Fernando Bujones – aliás quero depois dedicar um post sobre ele, mas para isso preciso ler o livro.

No mais, mais uma semana começando e hoje nem estou em clima de segunda-feira, talvez pelo feriado, pode ser.

Outra dica, entrem depois no blog do Paulo, o

www.ummilhao.wordpress.com

Paulo escreve super bem e tem uma visão ótima das coisas. Vale a pena!

Semana corrida essa, mas prometo não deixar o blog de lado. Quero falar de um filme alemão incrível – mas esqueci o nome – aliás, como eu queria falar alemão, viu! Mas enquanto isso, vamo que vamo.

Boa semana a todos.

Final de semana

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Finalmente sexta. Eu nem acredito. Mas hoje acordei com uma super dor de cabeça. Aliás, já fui dormir com ela – e cá estou no trabalho.

Para quem está em Brasília – estreou – finalmente A Bela Junie no circuito da cidade (mais precisamente na Academia de Tênis). Assistam.

Hoje tem show da Preta Gil na Blue Space – eu vou, já estou com meu ingresso nas mãos – apesar da preguiça e do frio, estou precisando dançar e dar boas gargalhadas (aliás, é o que mais quero).

Ontem comecei a assistir uma série ótima (detalhe, tinha detestado os primeiros episódios).

Dirty, Sex and Money (Sujeira, Sexo e Dinheiro) – a série mostra o dia a dia da família mais rica e maluca de NY, os Darling – e os famosos clichês que agradam sempre, gente rica, fútil, bebida, droga, festas e falcatruas (Freud explica o porquê adoramos tanto ver isso na tv?) – os atores são ótimos.

E para relaxar, não há nada melhor. Quem gosta de Gossip Girl, certamente vai gostar – a fotografia é ótima também.

No episódio de ontem, os gêmeos da série ganharam 2 milhões cada um para dar uma festa – um deles fechou a Brooklyn Bridge para o evento – mas saiu carregado pela polícia. Trash total.

Minha mãe tá viciada na série, eu acabei gostando – ontem assistimos uns 4 episódios.

Ah, e estou lendo Quase Tudo, livro de memórias da Danuza Leão, pela segunda vez – li assim que lançou – leitura leve e ela escreve muito bem!

Bom final de semana a todos!

Em Paris

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Eu falo muito sobre o cineasta francês Christophe Honoré – mas por um ótimo motivo – a maneira que ele trata o cotidiano, o amor, a paixão e a morte.

Dan Paris por exemplo parece ser um filme sobre paixão e sobre idéia de finitude. O fim de um relacionamento é uma pequena morte dentro da gente e Honoré, com a sensibilidade que lhe é caracterítica, trata isso de uma forma sutil, verdadeira.

Choro sempre em 3 partes exatas do filme – o desespero de Paul na frente de seu pai, um momento parecido na frente de Jonathan (Louis Garrel) e quando ele canta com Anna (Joanna Preiss) uma música que explica o porquê do fim do relacionamento – poesia pura e da mais alta qualidade.

O filme também fala de amor – amor de pai, amor de mãe, amor de irmão e de morte, ou seja, temas presentes em nossas vidas. Fala de solidão e de busca – e das relações humanas – isso tudo numa Paris fria, com as árvores secas e em pleno inverno.

Acho que vou até rever esse filme hoje. Deu saudade.

O inferno

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O Inferno

“O Inferno” é a segunda parte da trilogia deixada pelo mestre polonês Krzysztof Kieslowski antes de sua morte em 1996. Esta segunda parte foi dirigida por Danis Tanovic, premiado pelo seu longa de estréia “Terra de Ninguém”.

O filme parte do mito grego da Medéia de Euripedes para tratar de temas caros a Kieslowski – como a relação entre destino e livre arbítrio, tragédia e drama –, através da história de três mulheres e da dificuldade que encontram na relação com os homens.

As histórias aparentemente desconexas vão se interligando ao longo do filme, enquanto o espectador tenta juntar as peças que lhe vão sendo entregues para formar um quadro mais amplo da dificuldade das relações humanas e da complexidade da alma feminina.

Essa estrutura em forma de quebra-cabeça e a produção minuciosa são algumas vezes utilizadas para esconder a dificuldade que o diretor teve em demonstrar a complexa trama de relações humanas e a espiritualidade latente nas obras de Kieslowski, mas de modo geral trata-se de um filme pungente e de direção segura.

O filme me impressionou muito – tanto que assisti duas vezes e ele tocou em pontos bem doloridos, destes que preferimos deixar em banho maria.

Fácil fácil de achar na locadora, mas com efeitos bem diversos. Um filmasso.

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Lembranças….

 

Adriana, ou a Dri, foi minha maior amiga de infância. Nos conhecemos na 4ª série e estudamos juntos até o 3º ano do segundo grau, quando seguimos caminhos diferentes, mudamos 3 vezes de colégio – e sempre juntos.

Adriana no primário era do grupo popular do colégio – já que reunia um requisito essencial nessa época – beleza – e ainda era uma ótima jogadora de vôlei – já eu fazia parte da turma nerd e excluída da sala – os invisíveis . Essa fase da vida é bastante cruel quando você não se enquadra no padrão da criança bonita e boa nos esportes (eu era péssimo – detestava educação física).

Minha turma era de uns 4 garotos, todos magrinhos e pequenos, mas nem tudo estava perdido, já que um deles era filho de milionário, adorava repetir que na casa dele existiam 18 suítes – eu que não era bobo, nem nada, adorava passar o final de semana na casa dele – era uma delícia e desde essa época já curtia uma mordomia.

Mas hoje estou aqui para falar da Adriana. Ontem foi aniversário dela, 2 de junho, nunca esqueci, mas esse ano perdi o telefone e como ela não usa e-mail, não tive como dar os parabéns. Hoje ela está casada, grávida do segundo filho e 3 meses atrás saímos com a turma de primeiro grau para um happy hour – foi uma delícia, porque éramos uma grande família, já que o colégio era pequeno.

A maioria conserva sua fisionomia básica – todos com 31 anos em média – mas lembrar dos professores, das histórias, dramas, é tudo bem engraçado. Quando terminamos o primeiro grau, fomos todos para Salvador – o que alimenta ainda mais as conversas.

Eu lembro que meu sonho era ser titular do time de vôlei, pois eles treinavam às segundas e quartas no turno da noite e todos os populares estavam lá;

mas como era péssimo na coisa, treinava às terças e quintas, e mesmo assim, ainda era reserva – nessa época, conheci a Ceci, prima da Adriana e ficamos amigos.

Estávamos sempre os três – na escola e fora dela – leia-se aqueles show de música baiana mega cafona, passeios no shopping e cinema – além das tardes comendo pão de queijo, assistindo Barrados no Baile e dando risadas (risadas não, gargalhadas), todos tinham apelidos e às vezes ficávamos passando trote em gente do colégio.

Tudo muito bom. Não existia computador, celular – nada disso. Cecília acabou casando com o menino mais popular do colégio, já tem uma filha – e está sempre em contato comigo (ela sempre me passa trote no dia do meu aniversário, eu sempre caio – é batata).

Essa fase é muito boa e estou muito feliz em estar com eles novamente – parece que foi ontem, mas todos ali se conhecem a pelo menos 22 anos.

Pois ontem, sonhei com a Adriana, dei um abraço forte nela pelo aniversário e demos a mesma gargalhada boa daquela época. Foi surreal.

Ou melhor, bem real.

Versailles

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Eu tenho pouco conhecimento sobre a Sofia Coppola – lembro do fiasco em O Poderoso Chefão III – onde ela atuou – e foi massacrada (tadinha) pela crítica pela sua expressividade à la Cigano Igor.

Mas ela deu a volta por cima – voltou como diretora de sucesso, ganhou Oscar e 2 anos atrás lançou Maria Antonieta – falado em inglês, pessimamente recebido em Cannes e trocando a música clássica habitual de filmes de época por um rock alternativo.

Corajosa essa Sofia. Mas esse filme – antigo já – me agradou bastante – o fato dela tratar a rainha como uma adolescente perdida e fútil foi eficaz (a meu ver, claro) e acertou em cheio na originalidade da trilha sonora (devidamente baixada no meu i pod).

Ano passado conheci o Palácio de Versailles (em pleno verão – sol de 38ºC – e apesar do aparente programa de índio), me surpreendi demais com a grandiosidade do palácio – grande mesmo – andei uns 2/3 só e não tive fôlego de conhecer tudo. No verão as filas são intermináveis (e quem me conhece sabe que tenho horror a filas).

Mas o filme é bem interessante, figurino de primeira (a mesma de Laranja Mecânica) – que inclusive levou o Oscar – e a fotografia grandiosa – ganhei de aniversário de um amigo o filme – e volta e meia assisto.

Aliás, morro de rir, quando a diretora insere um all star no meio do tanto de sapatos de Maria Antonieta – revisitar o antigo, com pinceladas do moderno parece atrevido – mas essa ousadia quando transportada para as telas do cinema pode ser eficaz – em alguns casos e perigosa demais (em outros).

Mas achei bem metida essa Sofia.

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